quarta-feira, 25 de março de 2009

A MELHOR COISA DE NOSSAS VIDAS

Tudo conspira a nossa volta, num tremendo paradoxo invisível: controvérsias desregradas.

Eu marquei aquele encontro com ela, ali, naquela praça. Então, minutos antes, sentei-me no outro lado da rua. Apenas queria poder vê-la chegar sem ser percebido.
Vi-a chegando, cansada, quase a cambalear sob o penoso sol. Dispôs-se naquele banco. Seus olhinhos procurando-me. Imagino eu, que sua vista tornava-se turva; talvez pelo forte calor, ou talvez pela decepção.
A princípio, pretendia ir logo até ela, mas prolonguei minha espreita. Contemplava sua espera. Sua crescente agonia por não me achar. Enquanto isso, do outro lado da rua, também me angustiava por não me encontrar. Sua espera por mim, e eu... Eu buscando a mim mesmo.
Observei-a ir embora depois de algumas horas. No instante em que se foi, acabei por me encontrar. Existi. Respirei longamente.
Fiquei feliz por tê-la telefonado no dia seguinte e dito que a amo. Amei-a depois de apreciar seu sofrimento, e experimentar o AR QUE REALMENTE MOVE TODAS AS COISAS.
Hoje a chamei para almoçar aqui comigo. Ela veio, disse-me que viria porque me ama também. Fico feliz por nós dois. Encontramo-nos enfim.

Tudo conspira, de fato. Mas basta conspirarmos junto com o mundo que tudo se encaixa.

sábado, 21 de março de 2009

CASO SEXTA-FEIRA

Experimentando o mal de Bentinho.