domingo, 8 de dezembro de 2013

VIDA ERRANTE, CAMINHADA E TROPEÇOS

Há alguns dias uma amiga veio, com lágrimas nos olhos, desabafar comigo. Devido a algumas intempéries que vinham se tornando pesadas e constantes, ela estava visivelmente abalada. Após ouví-la, pude tentar reerguê-la e fiquei feliz em, de alguma forma, conseguir fazer ela ver as coisas de uma forma mais positiva. Fiquei feliz em poder ajudá-la dizendo coisas boas, pois, eu também já passei por dias difíceis e sei o quanto conforta ter alguém ao seu lado nesses momentos.

Então, é após situações como essas que faz eu perceber o quão a vida se trata – e se faz assim – de uma caminhada intercalada com vários tropeços. É importante cairmos para afirmarmos essa nossa condição de seres errantes: estamos, e para sempre estaremos, sujeitos a cair. Seja na caminhada firme à algum destino certo ou ao vaguear perdido e sem direção. Mas, afinal: só cai quem está de pé, a caminhar, a viver.

Um passo de cada vez, um tropeço após o outro, e a capacidade de reerguer-se. Tudo isso com a ajuda de quem sempre esteve ao seu lado estendendo-lhe a mão. Caímos também para aceitarmos nossa necessidade de ajuda nesses momentos que, inevitavelmente, sempre existirão no decorrer da nossa caminhada. Por isso devemos aprender a reconhecer e valorizar quem nos ajuda dessa forma.

Aceitar que tropeços sempre existirão na minha vida me conforta e dá coragem para seguir me reerguendo deles. Torno-me uma espécie de especialista em cair.

Sim, nesses últimos dias, eu caí. Mas estou me reerguendo. Mais forte. Mais convicto de que a vida se faz assim. E, por fim, mais disposto a enfrentar tudo isso de frente.

sábado, 21 de setembro de 2013

VITÓRIAS E DERROTAS

Por que você tem que ser o melhor em algo?
Por que você tem que ser o melhor em tudo?

Tire esse peso da sua cabeça. 
Tire esse peso do seu coração. 
Tire esse peso da sua vida.

E quando - inevitavelmente irá acontecer - se deparar com uma derrota, lembre-se: não exija tanto assim de si mesmo. Há o dia da vitória também. Mas apenas uma coisa é certa: as derrotas nunca serão em vão.

domingo, 4 de agosto de 2013

ADEUS, C.

Sim, eu vou seguir em frente
Mas sempre darei uma olhada para trás
E acenarei para você
Doce lembrança a partir de agora

Eu vou sentir um aperto, eu admito
Mas vou seguir feliz
E entender que essa vida é assim mesmo
Eu troco os espinhos das rosas que colhi
Pela lembrança do seu perfume

E você estará sempre comigo
Flutuando
Nos meus pensamentos
Doce lembrança


Adeus, C.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

AUTODESTRUTIVO, AFINAL.

Olha só, a minha capacidade em destruir tudo o que é importante para mim. É essa sombra destrutiva que não se desgarra do meu ser. Ferve em minha alma e dita minhas piores atitudes.

Eu peço desculpas, meu amor. Eu só virei um especialista nessa matéria de dizer adeus quando na verdade gostaria de viver junto (e com você eu gostaria).  Eu não queria que fosse assim. Não com você.

Sim, eu sei como lidar com as situações, é apenas essa sombra que me bloqueia às vezes... Em querer destruir. Destruição. E, ao afastar as pessoas que eu gosto e me fazem bem: autodestruição, afinal.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

ROSA AOS VERMES

Um dia eu tatuei uma rosa em cada braço para nunca mais me esquecer de expressar e dar vazão aos meus sentimentos. Para nunca me esquecer de demonstrar coisas bonitas para as pessoas próximas a mim e, principalmente, para mim mesmo. 

Sangrei. Me feri por isso. E levaria esses desenhos gravados na pele até o fim da minha vida. Pelo menos achava que assim ocorreria. 

Mas agora, depois que matei meu amor, é como se eu tivesse arrancado meus braços e os jogado no chão de terra úmida. 

Então eles apodrecerão fétidos no tempo. E eu assistirei aos vermes comerem meus braços jogados no chão. Aos vermes comerem as negras rosas. Aos vermes comerem meus sentimentos.

Ao menos ficarei feliz, com um estranho sorriso no canto dos lábios, por alguns momentos. Em alimentar tais seres. E, inclusive, em assistir à tudo isso. Aquelas rosas enfim servirão realmente para alguma coisa. 

domingo, 17 de março de 2013

UM BRILHO DE MISTÉRIOS


Apesar de sempre vê-la atrás daquele balcão, eu não a conheço praticamente nada. É a distância da timidez. Da minha, com certeza, da dela, eu já não sei.

Ontem, num raro momento oportuno me aproximei e lhe falei. Mistura de palavras banais com frases soltas, apenas para tentar quebrar barreiras e me fazer presente. No entanto, suas respostas eram secas, tanto quanto meus comentários sem sentido. Sim, nosso diálogo fora confuso e entrecortado. Enquanto isso, seus olhos buscavam fugir dos meus por algum motivo desconhecido para mim.

Então, quando nosso contato já se encaminhava para o fim, ela finalmente fixou seus negros olhos nos meus. Infelizmente não fui capaz de identificar se foi um olhar de ódio ou desespero. Mas, sim, havia um brilho neles.

Agora eu penso nisso. Talvez ela se sinta sozinha o suficiente para que, com a minha despedida embaraçada, tenha realmente sentido esses dois sentimentos ao mesmo tempo. Ou, quem sabe, eu esteja inteiramente enganado, já que eu não a conheço mesmo. Somente sei do brilho enigmático do seu olhar.

Por fim, acho que prefiro deixar tudo assim mesmo: ela envolta num véu de mistérios para mim. Pelo menos por enquanto...

segunda-feira, 11 de março de 2013

QUANDO ACIDENTALMENTE PERFURAR MEUS OLHOS


Quando acidentalmente eu perfurar meus olhos, o sangue que escorrerá do meu vazio ocular terá passado antes pelo meu coração. Afinal é de lá que ele vem.

E se novamente minha mente evocar a sua imagem, será agora o reflexo visto pelos meus olhos jogados ali no chão a te contemplar, inertes.

Um acidente necessário para mudar nosso ponto de vista. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quem sabe um dia você saberá o que perdeu. Ou talvez não. Talvez, seu grande resto de vida será sempre construído em areia. Vidinha superficial. Castelos de areia. Tão bobinha que ainda é,,,, Terrível destino o seu.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

SAIR FORA


Preciso sair fora. Desconectar-me de tudo isso. Tem algo certo nessa merda toda mesmo? Apenas expectativas.
São esses olhos que não saem da minha mente. Os olhares.
Acho que meu cérebro está começando a pesar demais dentro da minha cabeça. Injetaram olhos nele enquanto eu dormia e sonhava. Eles agora conseguem ver minhas ligações internas de pensamento.
Vou sair fora. Para longe. Lugar deserto. Uma fuga.
Sem horizontes e nem falsas expectativas. Apenas eu e meus olhos. 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

LIDANDO COM O TEMPO


A passagem do tempo é invisível como o vento e inevitável como a morte. Sem ela, estaríamos estagnados para sempre no presente: sem as possibilidades do futuro, sem as lembranças de um passado. E assim estamos vivos.

Mas o tempo por si só não faz mudanças. O que realmente determina a direção de nossas vidas, é o modo com que lidamos com ele.

Por isso, vamos lá! O tempo voa. E só depende de nós mesmos voar com este poderoso vento, contra ou favor dos nossos objetivos. Até que a morte dê um fim à nossa história.