domingo, 8 de dezembro de 2013

VIDA ERRANTE, CAMINHADA E TROPEÇOS

Há alguns dias uma amiga veio, com lágrimas nos olhos, desabafar comigo. Devido a algumas intempéries que vinham se tornando pesadas e constantes, ela estava visivelmente abalada. Após ouví-la, pude tentar reerguê-la e fiquei feliz em, de alguma forma, conseguir fazer ela ver as coisas de uma forma mais positiva. Fiquei feliz em poder ajudá-la dizendo coisas boas, pois, eu também já passei por dias difíceis e sei o quanto conforta ter alguém ao seu lado nesses momentos.

Então, é após situações como essas que faz eu perceber o quão a vida se trata – e se faz assim – de uma caminhada intercalada com vários tropeços. É importante cairmos para afirmarmos essa nossa condição de seres errantes: estamos, e para sempre estaremos, sujeitos a cair. Seja na caminhada firme à algum destino certo ou ao vaguear perdido e sem direção. Mas, afinal: só cai quem está de pé, a caminhar, a viver.

Um passo de cada vez, um tropeço após o outro, e a capacidade de reerguer-se. Tudo isso com a ajuda de quem sempre esteve ao seu lado estendendo-lhe a mão. Caímos também para aceitarmos nossa necessidade de ajuda nesses momentos que, inevitavelmente, sempre existirão no decorrer da nossa caminhada. Por isso devemos aprender a reconhecer e valorizar quem nos ajuda dessa forma.

Aceitar que tropeços sempre existirão na minha vida me conforta e dá coragem para seguir me reerguendo deles. Torno-me uma espécie de especialista em cair.

Sim, nesses últimos dias, eu caí. Mas estou me reerguendo. Mais forte. Mais convicto de que a vida se faz assim. E, por fim, mais disposto a enfrentar tudo isso de frente.