domingo, 22 de fevereiro de 2009

DE OLHOS BEM FECHADOS (1999) - KUBRICK


Duas fugas. Um casal: Alice e Bill Harford.
A convivência inevitável transforma o casal quase em inimigos íntimos. E a distância entre os dois torna-se enorme, um abismo. Essa distância cresce mais ainda com uma revelação de Alice a Bill sobre um suposto caso passado. A declaração reveladora também é o eixo das duas fugas. Ou seja, há um triângulo. Um ponto: uma suspeita de adultério. Duas retas: as fugas; interligadas pelo momento crítico do casamento.
No sonho, Alice mergulha, e se espanta com o que seu inconsciente lhe mostra: ela traindo seu marido, na sua presença, com vários homens, como uma forma de afrontá-lo. Afronta que se reforça por traí-lo inclusive com um homem do conhecimento de Bill.
Bill toma outro caminho. No real, ele procura por coisas desconhecidas. Busca experiências novas, lugares onde nunca esteve. Outra forma de escapada. Mesmo assim, enquanto foge, seus pensamentos ainda se conduzem a esposa através de sua imaginação, nutrida por suas fortes suspeitas acerca dela.
Ambas as aventuras foram perigosas e, da mesma forma, frustrantes e sinistras.
Ao final: “Nós estamos acordados agora, e devemos nos manter assim por um bom tempo.”.

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