sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

TUDO É CONSEQUÊNCIA AFINAL

E por fim ela me perguntou o que eu sentia, e eu contei uma história. A história da minha vida, e o fato que a determinou toda, tudo é conseqüência afinal:
Estava eu andando pela Rua André de Barros, e passei perto de uma peixaria. Um cheiro de coisa podre pairava denso pelo ar. Era a peixaria Yara. Fui lá. Encontrei um peixe camarada, conversei com ele. “Eu nadei muito, meu jovem. Pois então, nade!” Estava podre, mas ainda valia um papo. ”O mar não é tão imenso assim se você não tiver umas boas e malhadas barbatanas”. Convenceu-me a levá-lo para casa. “Eu ainda sirvo para alguma coisa”.
Chamei-a para vir almoçar comigo.
À mesa, peixe assado.

Um comentário:

Rafaella disse...

ainda que o peixe não tenha a alimentado, ao menos, lhe fez companhia.