domingo, 9 de dezembro de 2007

Eu Te Amo - Também Te Amo

- Oi amor, que bom que chegou, eu estava...
- Conte-me tudo! Não quero mais saber de suas mentiras. Conte-me!
No balcão, ela viu o atendente. No seu sorriso, não estava contido apenas a cordialidade a qual se dedica aos clientes. Havia nele um leve flerte, como que um convite para dançarem ou fazerem algo bem mais intenso. Ela em resposta, olhou-o penetrante. Como uma chama seus olhos cruzaram com os dele.
- Ahh! Além de vagabunda, é cínica agora?!
- Amor, estou realmente confusa. O que foi que aconteceu?
Quarto 101 indicou o balconista, e entregou-lhe a chave. Ela evidentemente tentava seduzi-lo. Ele ainda inseguro, apenas a olhava. Certamente, a paciência feminina esgotou-se quando ela ergueu sua saia deixando mostrarem-se coxas bem torneadas.
- Enquanto vou trabalhar pra trazer dinheiro pra casa, você fica por aí trepando com qualquer um! Eu sou mesmo um burro por confiar em você, sua vadia.
- Olha, não sei sobre o que está falando. Mas, vou dizer uma coisa: não mereço nenhuma dessas acusações, e muito menos os insultos!
Acontecera tudo tão rápido. Já estavam na cama despindo-se. Ele achou tudo tão fácil, foi só segui-la após seu chamado sedutor. Ah, como ela era sensual! Movia-se como uma deusa, sem deixar de parecer delicada, frigida e até mesmo ingênua. Na cama, ela continuou no controle, ele, como desde o principio, somente deixava-se guiar.
- Eu sei que me traiu com outro!
- Quem lhe falou isso?! Que absurdo! Sabe que nunca faria tal coisa, meu amor. Estou ficando até magoada com todas essas injúrias.
- Não sei de mais nada agora, estou muito confuso. Minha cabeça está prestes a explodir. Talvez, tenha sido isso, esquentei demais a cabeça. E agora, pensando bem, acredito em você e sei que me ama. Desculpe-me, meu bem. Não sei por que fui acreditar naquele...
- Naquele quem?!
- Ah, também não vem ao caso agora...
Ambos haviam se entregado ao momento e ao seus desejos impulsivos. As horas passaram-se rápidas dentro daquele quarto. 101, jamais esqueceriam. Houve uma sintonia tão intensa entre os dois. Os corpos unidos, o suor misturando-se, os perfumes confundindo-se.
- Venha aqui meu amor, me dê um beijo...
- Claro... Confie em mim, sou só sua.
- Uhum, me desculpe novamente. Bom, acho que agora vou me deitar, estou exausto. Trabalhar naquele balcão não é pra qualquer um, ainda mais com hóspedes tão indelicados e sem escrúpulos.
- Sim, entendo. Boa noite então, daqui a pouco também vou pra cama.
- Boa noite. Eu te amo.
Ela aproveitou que o marido fora trabalhar, e sem hesitações ou ressentimentos, pegou o telefone e ligou para ele...
- Também te amo.

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